Câncer infantojuvenil: veja os mais comuns e os sinais que podem ajudar a identificá-los

Samel Saúde
28 de setembro de 2020

O câncer infantojuvenil é a segunda principal causa de morte na faixa etária entre um e 19 anos, segundo o Ministério da Saúde. Só perde para causas externas, como acidentes. Isso reforça a importância de saber identificar os sinais que podem indicar a doença.

Neste artigo, você vai descobrir quais são os tipos de câncer mais comuns na infância. Além disso, vai aprender a identificar alguns sintomas que muitas vezes são confundidos com doenças comuns nas crianças.

Acompanhe!

 

Antes de tudo, o que mesmo é o câncer?

Os cânceres compõem um grupo de mais de 100 tipos que têm em comum o crescimento desordenado de células anormais. Elas invadem os tecidos e órgãos, prejudicando o funcionamento normal do organismo. 

Essas células formam tumores malignos que podem se alojar em qualquer local do corpo. Quando elas se espalham para outras regiões, significa que a doença está em metástase.

O processo de multiplicação de células anormais causa tumores malignos (câncer) ou benignos – massas localizadas que raramente apresentam risco de morte. 

Nas crianças, a maioria dos tipos de câncer apresentam crescimento rápido e invasivo, porém, se identificados e tratados na fase inicial, o índice de cura chega a 70%.

 

Câncer infantojuvenil: 5 mais comuns

1. Leucemia linfoide aguda

É o tipo mais comum na infância, representando 30% do total de casos, segundo o Instituto Oncoguia. A leucemia afeta os glóbulos brancos (leucócitos), células presentes no sangue que são responsáveis pela proteção do organismo. Elas são as grandes responsáveis pela imunidade do corpo e agem contra infecções, gripes, resfriados, etc.  

Quando a doença se instala, impede que os glóbulos brancos exerçam sua função de defesa e se multiplicam de maneira descontrolada. Dessa forma, compromete a produção e funcionamento das células sanguíneas.  

Os principais sintomas são dor nos ossos e articulações, febre, manchas roxas na pele e palidez. Se descoberta e tratada cedo, as chances de cura são de mais de 80%.

 

2. Linfoma 

Este tipo de câncer afeta os gânglios e órgãos do sistema imunológico da criança, podendo surgir no pescoço, tórax e barriga. Os sintomas mais comuns são:

  • Aumento do volume abdominal;
  • Aumento do tamanho dos linfonodos;
  • Sensação de saciedade;
  • Falta de ar ou tosse;
  • Febre;
  • Sudorese;
  • Perda de peso;
  • Fadiga. 

Em geral, a doença é rara antes dos cinco anos de idade, prevalecendo nos menores de 16 anos. É o terceiro na lista dos cânceres mais comuns na infância. 

 

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3. Tumor de Wilms

Outro câncer infantojuvenil bastante comum é o Tumor de wilms. Ele afeta o funcionamento dos rins e acomete pacientes entre dois e três anos de idade. Os principais sintomas são:

  • Aumento do volume abdominal;
  • Urina com sangue;
  • Pressão alta;
  • Em certos casos, dor no abdome. 

As estimativas de cura são de 90% dos casos. O diagnóstico é feito por meio de uma ultrassom dos órgãos afetados. Já o tratamento se dá por quimioterapia e, se necessário, a retirada do rim. 

 

4. Retinoblastoma

O câncer afeta, como o próprio nome sugere, as células que formam parte da retina. Um sintoma que prevalece na criança acometida é o brilho ocular chamado popularmente de “reflexo do olho e gato”. 

A maior incidência da doença está em crianças menores de cinco anos de idade. Para fazer o diagnóstico precoce, é preciso que os pais e responsáveis fiquem atentos às características dos olhos da criança. 

Com um diagnóstico na fase inicial, é possível preservar os olhos. O tratamento é realizado por quimioterapia e destruição do tumor por laser. 

 

5. Neuroblastoma

Este tipo de câncer quase sempre se desenvolve em crianças de até 5 anos, mas costuma ser diagnosticado entre 1 e 2 anos de idade. Em alguns casos, pode ser detectado pela ultrassonografia, antes mesmo de a criança nascer. 

O neuroblastoma tem origem em formas primitivas das células nervosas (geralmente encontradas no embrião ou no feto) do sistema nervoso simpático, que, por sua vez, é parte do sistema nervoso autônomo, que controla funções como respiração, pressão arterial, batimento cardíaco e digestão. 

A maioria dos neuroblastomas se desenvolve nas glândulas adrenais, que ficam em cima dos rins, no abdome ou nas células nervosas próximas da coluna espinhal. Em alguns casos se desenvolvem no tórax, pescoço ou espinha, progredindo rapidamente. 

Em crianças com mais de 1 ano e meio costumam ser mais greves. Por isso a importância de detectar a doença na fase inicial. 

 

Sinais que podem indicar a presença de câncer na criança

  • Palidez, hematomas ou sangramento, dor óssea;
  • Caroços ou inchaços – especialmente se indolores e sem febre ou outros sinais de infecção;
  • Perda de peso inexplicada ou febre, tosse persistente ou falta de ar, sudorese noturna;
  • Alterações oculares – pupila branca, estrabismo de início recente, perda visual, hematomas ou inchaço ao redor dos olhos;
  • Inchaço abdominal;
  • Dores de cabeça, especialmente se incomum, persistente ou grave, vômitos (em especial pela manhã ou com piora ao longo dos dias);
  • Dor em membro ou dor óssea, inchaço sem trauma ou sinais de infecção;
  • Fadiga, letargia, ou mudanças no comportamento, como isolamento;
  • Tontura, perda de equilíbrio ou coordenação.

 

Se você tem crianças em casa, fique atento aos sinais que podem indicar um câncer. E o mais importante: leve a criança ao médico sempre que notar algo anormal. Como dissemos no início, por vezes os sintomas podem ser confundidos com doenças comuns, que não representam problemas maiores. 

O câncer infantojuvenil precisa ser tratado no início para que a criança tenha mais chances de cura. Gostou deste conteúdo? A Samel se preocupa com a sua saúde, por isso disponibiliza gratuitamente diversos conteúdos sobre o tema. Clique aqui e conheça o nosso blog.

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