Especial Outubro Rosa: dúvidas frequentes sobre câncer de mama

Samel Saúde
5 de outubro de 2022

O câncer de mama é reconhecido como uma doença causada em razão da multiplicação desordenada de células anormais na região da mama. Isso causa um tumor com potencial de invasão a outros órgãos do corpo humano. O Outubro Rosa é o mês da conscientização sobre o assunto, que se torna cada vez mais importante de ser abordado com o passar do tempo.

Existem, na verdade, vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem de maneira mais rápida, enquanto outros crescem lentamente. Mas em todos os casos o diagnóstico precoce é sempre muito importante de ser feito para buscar o melhor tratamento possível. 

Neste Outubro Rosa, mais uma vez salientamos a importância de se falar e se prevenir o câncer de mama, que pode afetar até mesmo pessoas do sexo masculino (com 1% de casos da doença). Confira a seguir algumas dúvidas frequentes sobre o assunto.

Câncer de mama dói?

Nem sempre. O câncer de mama normalmente é silencioso. Quando surgem sintomas como lesões palpáveis, feridas, alteração na coloração, no formato dos seios ou na pele, às vezes o tumor já está em um estágio avançado.

Tumores iniciais não são sintomáticos, logo, o paciente não tem queixas de dor. 

Todo nódulo é câncer?

Nem todo caroço ou nódulo é indicativo da doença, na verdade alguns são benignos. Entretanto, toda paciente que observar um nódulo palpável nas mamas deve procurar um médico.

O autoexame é eficaz?

Muitas mulheres conseguem detectar a presença de nódulos simplesmente pelo toque e, por estar tão detectável, pode representar um estágio mais avançado do câncer. Para a prevenção precoce, o diagnóstico mais indicado ainda é a mamografia.

Quando realizar a mamografia?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (BMS), a mamografia deve ser realizada dos 40 aos 74 anos, anualmente. Já o Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos façam o exame a cada dois anos.

Caso haja histórico de câncer de mama na família, é possível que o médico solicite mais cedo, com maior frequência.

Como é o exame? Há alguma preparação?

Cada seio é colocado entre as duas placas do mamógrafo, emitindo raios x para a reprodução de imagens, o que, ao todo, dura entre 15 e 30 minutos.

É recomendado que a paciente esteja com as axilas limpas, sem interferência de produtos como desodorante ou talco. Também é aconselhável escolher uma roupa que facilite a exposição das mamas.

Leia mais: 

Outubro Rosa: 5 exames de diagnóstico para o câncer de mama

Causa alguma dor?

O exame pode causar certo desconforto por comprimir as mamas, principalmente se realizado antes do período menstrual. No entanto, cada pessoa sente de forma diferente. Algumas podem sentir dor e outras podem não sentir nada.

São raros, mas possíveis, os casos de mulheres que sentem dor extrema durante a mamografia. Isso varia de acordo com alguns fatores sobre como é feita a mamografia ou a individualidade de cada um.

De acordo com a página do Health Day, pesquisas mostram que 72% das pessoas caracterizam a mamografia como um exame levemente doloroso; comparando, por exemplo, a uma leve dor de cabeça ou ao uso de sapatos apertados.

Quem tem prótese de silicone pode fazer mamografia?

Pacientes com prótese mamária podem e devem realizar a mamografia. Existem técnicas específicas para esse tipo de paciente. A prótese não irá romper. 

E grávidas ou lactantes?

Para grávidas, o exame não é recomendado como rotina, somente em pacientes sob suspeita. Durante o procedimento, a gestante tem o abdômen coberto para proteger o feto da radiação emitida pelos raios X.

A mamografia pode ser realizada durante a amamentação, com a ressalva de que a sensibilidade e tamanho dos seios nesse período é maior. Pode causar dor e maior desconforto tanto em grávidas quanto em lactantes.

Quais são os fatores de risco?

A verdade é que não existe uma única causa para o câncer de mama. São fatores relacionados ao envelhecimento, à vida reprodutiva, genética, vícios, excesso de peso, sedentarismo, exposição à radiação ionizante, etc. Confira:

Aspectos comportamentais/ambientais: 

  • Obesidade e sobrepeso, após a menopausa;
  • Falta de atividade física;
  • Consumo de bebida alcoólica;
  • Exposição frequente a radiações ionizantes;

Aspectos da vida reprodutiva/hormonais;

  • Primeira menstruação (menarca) antes de 12 anos;
  • Não ter filhos;
  • Primeira gravidez após os 30 anos;
  • Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos;
  • Uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona);
  • Ter feito terapia de reposição hormonal (estrogênio-progesterona), principalmente por mais de cinco anos;

Hereditários/genéticos

  • Histórico familiar de câncer de ovário; de câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos, e caso de câncer de mama em pessoa do sexo masculino;
  • Alteração genética, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2.

Câncer de mama no Brasil

No ano de 2021 foram estimados 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil, com risco em torno de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. Também ocupa a primeira mortalidade por câncer entre mulheres no país.

Neste Outubro Rosa, vamos ajudar a divulgar informações sobre o câncer de mama e fortalecer as recomendações dadas pelo Ministério da Saúde pela prevenção. Além disso, lembrar sempre do diagnóstico precoce e rastreamento da doença são sempre o primeiro passo para entrar em favor dessa luta.

Confira outros conteúdos sobre o assunto em nosso blog. Digite “Outubro Rosa”, “câncer de mama” ou “mamografia” na barra de pesquisa e saiba mais.

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