Câncer de mama em homens é possível? Leia este artigo e descubra!

Samel Saúde
7 de outubro de 2020

Embora raro, o câncer de mama em homens é possível, sim. Principalmente para pessoas que possuem histórico de cânceres na família. A doença, nesse caso, pode ser tão agressiva quanto nas mulheres e, se descoberta em estágio avançado, pode ás vezes até levar o paciente ao óbito.  

Porém, quando descoberta e tratada na fase inicial, o paciente tem possibilidade de cura. Isso reforça a importância de os homens estarem atentos aos sinais que podem indicar a presença do câncer, bem como adotar hábitos de prevenção. 

Neste artigo, você vai conferir os sintomas, fatores de risco, como é feito o diagnóstico e tratamento para a doença. Acompanhe!

O que é o câncer de mama 

O câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas das células. 

Por possuírem glândulas mamárias e hormônios femininos, mesmo que em pequena quantidade, os homens também podem desenvolver a doença. É o desequilíbrio desses hormônios e alterações genéticas que aumentam as chances do surgimento do câncer de mama masculino. 

Quando a doença se instala, as células passam a se dividir descontroladamente criando nódulos que, em estágios mais avançados, se espalham pela região mamária.

Estatísticas  

Em números, os casos masculinos da doença representam de 0,5 a 1% de todos os casos de câncer de mama. E correspondem a menos de 0,5% de todos os cânceres em pessoas do sexo masculino.  

Para se ter uma ideia, um levantamento do ano de 2016 do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostrou que 16.254 pessoas morreram em decorrência do câncer de mama no país. Destes, 185 eram homens. 

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Sintomas do câncer de mama em homens

Os sintomas do câncer de mama em homens são similares aos das mulheres. Geralmente apresentam:

  • Nódulo (caroço na mama);
  • Alterações cutâneas;
  • Retração de mamilo;
  • Úlcera na pele e/ou linfonodos aumentados na axila;
  • Dor unilateral na mama;
  • Secreção pelo mamilo.  

Quais são os fatores de risco

Os principais fatores de risco para o câncer de mama em homens são os seguintes:

Idade

Geralmente, ele surge em homens mais velhos, acima dos 60 anos, e pode ser mais frequente naqueles cujas famílias apresentam muitos casos de câncer de mama (mesmo que em mulheres) e câncer de ovário.  

O risco do homem desenvolver câncer de mama aumenta conforme a idade. Eles costumam ser diagnosticados entre 5 e 10 anos mais tarde do que as mulheres. 

História familiar e síndromes hereditárias

Assim como nas mulheres, ter um parente de primeiro grau com diagnóstico de câncer de mama aumenta o risco do homem desenvolvê-lo também. O gene mais comumente associado ao câncer de mama em homens é o BRCA 2.

Outros genes e síndromes genéticas também estão relacionados à doença, como:

  • Síndrome de Cowden;
  • Síndrome de Lynch;
  • Síndrome de Li-Fraumeni;
  • BRCA 1 e PALB2. 

No entanto, o aumento de risco do câncer de mama masculino dos portadores dessas alterações genéticas é relativamente baixo.

Para se ter uma ideia, a mutação de BRCA 2 que compõe 14% dos cânceres de mama masculinos representa um risco absoluto de 8%. Enquanto portadores de mutações no BRCA 2 possuem um risco de desenvolvimento de até 70% durante a vida. 

Alteração da proporção estrógeno e andrógeno

Excesso de estrogênio pode ser por terapias hormonais, disfunção hepática, obesidade, uso de maconha, doenças da tireóide ou Síndrome de Klinefelter.

Alterações testiculares

Criptorquidia, orquite e traumas testiculares. Essas condições podem aumentar as chances de desenvolver câncer de mama, pois elas alteram a proporção dos hormônios, principalmente a testosterona e estrógeno.

Como é feito o diagnóstico

Em virtude de ser mais raro, não existe rastreamento de câncer de mama para os homens, como mamografia de rotina, por exemplo. A não ser que cheguem ao médico com uma queixa que indique a presença do câncer.

Autoexame

Mesmo com incidência bem menor, é importante que os homens também façam o autoexame da mama. No caso, o autoexame masculino pouco se diferencia do feminino. O importante é observar o aspecto das mamas, seja ao toque ou na aparência. 

Ao qualquer sinal estranho nessa região do corpo, como uma íngua embaixo do braço, ferida na glândula ou até mesmo um nódulo mínimo, é necessário procurar um mastologista com o intuito de investigar o caso. 

O médico poderá solicitar uma biópsia e/ou exames de imagem para de fato diagnosticar ou descartar o câncer de mama. 

Primeiramente, é importante lembrar que algumas doenças também provocam sintomas parecidos, como é o caso da ginecomastia, condição bastante comum depois dos 50 anos. Ele é resultado de um aumento da glândula mamária por alterações hormonais – porém não configura risco para um câncer. 

Entretanto, somente um especialista poderá dar um diagnóstico preciso. 

Tratamento para a doença

O tratamento é similar ao feminino. É baseado no uso isolado ou combinado dos métodos – cirurgia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia. Ademais, o tratamento adequado depende do estágio da doença ou de características biológicas próprias do paciente. 

Em alguns casos, a cirurgia de retirada parcial ou total da mama pode ser um recurso. 

Como prevenir o câncer de mama

A prevenção é o melhor caminho para evitar a doença. Assim sendo, quem tem predisposição para o câncer de mama, é importante adotar alguns hábitos, como:

  • Alimentação balanceada, rica em alimentos de origem vegetal como frutas, legumes, verduras, bem como cereais integrais, feijões e outras leguminosas.
  • Controle do peso: é importante investir em atividades físicas diárias, como caminhada, corridas e esportes de preferência. 
  • Ir ao médico regularmente: é importante realizar exames clínicos gerais pelo menos uma vez ao ano. Além disso, quem é do grupo de risco deve aumentar a frequência conforme indicações médicas. 

Como você viu, o câncer de mama em homens é possível, portanto é importante se cuidar. No blog da Samel você encontra outros conteúdos voltados para a saúde masculina. Leia também: Doenças relacionadas ao tabaco matam uma pessoa a cada 6 segundos, diz OMS.

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