As vacinas são usadas há décadas no Brasil, sendo o mais importante meio de prevenir doenças contagiosas, como o sarampo, por exemplo. Mas você sabe como as vacinas agem no organismo de uma pessoa?
A questão é relevante e deve ser explicada, uma vez que existem dúvidas sobre as vacinas que estão sendo desenvolvidas para o combate à pandemia da covid-19.
É para ajudar você a entender como as vacinas funcionam que nós, da Samel Planos de Saúde, elaboramos este artigo. Continue a leitura e veja como o corpo aprende a se defender de doenças após a imunização.
Vacinas são substâncias produzidas em laboratórios a partir dos elementos de um vírus (causador da doença). São usados partes do vírus ou o próprio vírus, enfraquecido, de modo que eles sejam incapazes de desenvolver a doença.
O objetivo das vacinas é estimular a produção de anticorpos, células de defesa do organismo, que protegem o corpo diante da invasão de um agente infeccioso.
A produção de uma vacina requer anos de pesquisa e testes que comprovem a sua eficácia. A da catapora, por exemplo, demorou 28 anos. A mais rápida, contra a caxumba, levou 4 anos.
Já as vacinas contra o novo coronavírus foram produzidas em tempo recorde, como você verá mais adiante.
Uma vez comprovada a eficácia, elas estão prontas para serem comercializadas.
No Brasil, o Ministério da Saúde é responsável por imunizar a população gratuitamente contra determinadas doenças, como a febre amarela, hepatites A e B, tétano, entre outras.
Antes de explicar como as vacinas agem no organismo, é preciso entender como adoecemos.
Funciona assim: quando um agente infeccioso (germes, bactérias e vírus) invade o organismo de uma pessoa, ela adoece e sofre todos os sintomas da doença.
Durante esse processo, o sistema imunológico identifica o invasor e as células de defesa agem para eliminar o agente que causa a doença.
Ao mesmo tempo, cria a chamada “memória imunológica”. Ou seja, se o mesmo agente infectar a pessoa mais uma vez, os anticorpos já estão preparados para combater a doença.
A lógica da vacina é tentar estimular o organismo a produzir os anticorpos sem que a pessoa precise ficar doente antes.
É absolutamente normal que o paciente sinta algumas reações após a vacinação. As mais comuns são:
No entanto, é preciso entender que as reações, quando surgem, não representam qualquer risco à saúde. Isso ocorre porque o sistema imunológico está aprendendo a se defender da doença.
Não deixe de conferir também:
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As vacinas foram as grandes responsáveis por diminuir e até zerar a taxa de incidência de algumas doenças no Brasil. Um exemplo clássico é o sarampo, que foi considerado erradicado em 2016 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Outras, como poliomielite, difteria e rubéola também chegaram a zerar a taxa de incidência. Mas, para que o país continue sem registros dessas doenças, é preciso que a população siga corretamente o calendário de vacinação.
Com a pandemia do novo coronavírus, uma das maiores esperanças de combate está na descoberta de uma vacina eficaz. Laboratórios de vários países já chegaram à fase conclusiva de testes e as vacinas já estão sendo usadas em programas de imunização.
É o caso de Israel, Reino Unido, Estados Unidos, Dinamarca, Rússia, Alemanha, Canadá, China, Itália e Emirados Árabes Unidos.
Por enquanto, o Brasil ainda aguarda a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para o uso emergencial de duas vacinas: a de Oxford, do Reino Unido, e a CoronaVac, do Instituto Butantan.
Ambas as vacinas apresentam resultados animadores. A CovonaVac chegou a 50% de eficiência, o mínimo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Isso significa que os vacinados com a CoronaVac têm metade do risco de desenvolver a doença em comparação aos não vacinados. No teste, apenas 1,8% dos vacinados contraíram o vírus. Ou seja, uma resposta imune em 97% dos vacinados.
Com a vacina de Oxford, o índice de eficiência é de 62%. Após a aplicação das duas doses da vacina, a resposta imune pode chegar a 100% dos vacinados.
Ambas já entregaram seus estudos clínicos à agência e estão aguardando aprovação para uso emergencial já nas próximas semanas.
Um fato que chamou atenção foi a rapidez com que as vacinas foram desenvolvidas – cerca de um ano da descoberta do novo coronavírus – o que levantou a suspeita sobre a eficácia delas.
No entanto, é importante entender por que as duas principais vacinas, a CoronaVac e a de Oxford, foram desenvolvidas tão rápido. Veja:
A CoronaVac, por exemplo, é baseada numa tecnologia que existe desde os anos 1950. Ela parte de um vírus inativado, o mesmo princípio usado nas vacinas contra hepatite e influenza. Ou seja, usou-se uma tecnologia já conhecida, otimizando o tempo de produção.
Já a vacina de Oxford é baseada em um adenovírus, que causa um leve resfriado nos chimpanzés. Na criação da vacina, os cientistas modificaram geneticamente esse adenovírus para se parecer com o Sars-CoV-2 (novo coronavírus).
Quando a pessoa vacinada tiver contato com o real Sars-CoV-2, logo produzirá uma resposta imunológica. A tecnologia usada na vacina de Oxford é inovadora e provavelmente servirá como base para a criação de futuras vacinas.
O que a imunização em massa pode fazer é diminuir a taxa de casos graves da covid-19, fazendo com que o número de internações e morte diminuam.
É provável que o vírus continue circulando e se torne endêmico, assim como a influenza. Ou seja, a covid-19 pode continuar infectando pessoas que estiverem suscetíveis à doença.
Os cientistas estão em busca dessa resposta. O que se sabe até o momento é que as vacinas em estágio final são seguras e eficazes.
Quando a vacinação em massa começar é que a ciência poderá mensurar o impacto da transmissão entre a população.
Não. Além de grupos específicos – grávidas, mulheres amamentando e alérgicos, entre outros – há a questão da faixa etária. Conforme o tempo passa, o sistema imunológico muda.
Por isso, uma vacina considerada eficaz e segura em adultos pode não ser para crianças ou idosos, e vice-versa.
A vacina de Oxford não permitiu testes em voluntários grávidas na fase 3, o que indica que esse grupo terá restrições.
É esperado que os laboratórios divulguem com detalhes a bula das vacinas, o que ajudará o Brasil a montar seu plano de vacinação com segurança.
Agora que você já entendeu como as vacinas agem no organismo, não deixe de conferir também outro destaque do nosso blog. Leia: Nova cepa do coronavírus: o que se sabe sobre ela? A Samel explica.
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