O que é Hanseníase? A Samel mostra o que você precisa saber

samelblog
1 de março de 2022

Você sabe o que é hanseníase? A doença ainda é cercada de estigmas e preconceitos, devido às lesões que surgem na pele decorrentes da infecção. Entretanto, é importante ressaltar que ela não é transmitida pelo contato com as feridas, mas sim por gotículas de saliva. Falaremos com mais detalhes sobre isso ao longo da matéria.

A Samel Planos de Saúde preparou este artigo para falar sobre a manifestação da doença, seus sintomas, causas, fatores de risco e tratamentos. Continue a leitura e saiba mais!

O que é hanseníase 

Hanseníase tem esse nome por causa do médico noruguês Gerhard Armauer Hansen, que por muitos anos estudou a doença e descobriu seu bacilo causador. Por causa disso, a doença foi posteriormente chamada de hanseníase, em referência ao nome do médico. 

Trata-se de uma doença crônica e transmissível, causada pela bactéria Mucobacterium leprae, e que pode infectar qualquer pessoa. Suas principais características são a alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, tátil e da força muscular.

Esses sintomas podem acometer tanto as mãos quanto os braços, pés, pernas e olhos. Além disso, pode causar deformidades nas áreas afetadas e acometer órgãos internos, gerando incapacidades permanentes.

Nos dias atuais, a hanseníase ainda representa um problema de saúde pública no Brasil, sendo a região Norte a com maior prevalência. O estado do Tocantins, que lidera a estatística, tem 88,13 novos casos por 100 mil habitantes.

Como se dá a transmissão da doença

Diferente do que muita gente pensa, a hanseníase não é transmitida pelo contato com as lesões (feridas) na pele. A infecção ocorre pelo contato com gotículas de saliva contaminadas e secreções nasais por um longo período de tempo.

Apesar disso, ela só é passada de um indivíduo que pegou uma forma contagiante e que não está em tratamento para alguém considerado suscetível. 

Para pegar a doença, é preciso ter uma grande vulnerabilidade a ela, o que só acontece com cerca de 5% da população. A maioria das pessoas é resistente e não desenvolverá a hanseníase, mesmo tendo contato com as cepas contagiantes. 

O tempo de incubação da M. Leprae é de três a sete anos. Somente após esse período, o paciente manifesta os primeiros sintomas. Por esse fator, as autoridades sanitárias têm dificuldade em mapear e realizar trabalhos preventivos. 

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Tipos de hanseníase

Existem dois tipos de hanseníase. São eles:

1. Paucibacilar

Neste tipo existem duas classificações: a hanseníase indeterminada e a tuberculóide. A primeira apresenta poucas manchas e contornos mal definidos, não havendo nenhum tipo de comprometimento neural. Na segunda também há poucas lesões, mas melhor definidas e com o nervo afetado. Ambas são menos infecciosas.

2. Multibacilar

Neste tipo também há duas classificações: a hanseníase dimorfa e virchowiana. A primeira apresenta muitas manchas e placas grossas na superfície da pele, além do comprometimento dos nervos. Também apresenta episódios de piora durante ou após o tratamento, chamadas de reações hansênicas ou estados reacionais. 

A virchowiana é a forma mais grave, com sintomas mais fortes na pele, nervos e nos órgãos internos. Esta é a versão mais contagiante, devido às altas cargas bacterianas. 

Principais fatores de risco

O principal fator de risco é definido por fatores genéticos, que determinam a suscetibilidade do indivíduo. Porém, os riscos são maiores para as populações negligenciadas, que estão expostas a moradias insalubres e em regiões onde o saneamento básico é precário. 

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico é feito por meio do exame dermatoneurológico, que analisa a sensibilidade e força muscular. Cerca de 70% dos diagnósticos são feitos dessa forma. 

Porém, quando existe dúvida, o médico realiza a baciloscopia para medir a carga bacilar e a quantidade de bactérias nas lesões. 

Outros exames que ajudam a fechar o diagnóstico de hanseníase são o da biópsia e do PCR. Todos podem ser feitos pelas unidades de atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS).

O tratamento é eficaz 

O tratamento pode variar de acordo com o tipo da enfermidade. Para a paucibacilar, pode durar até seis meses. Para a multibacilar, um ano. 

A terapia é baseada em poliquimioterapia, ou seja, um esquema de vários antibióticos. É importante saber que o esquema terapêutico é de exclusividade do SUS, nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) ou em centros de referência. 

Normalmente, a primeira parte do tratamento é feita sob supervisão da equipe médica. As doses diárias restantes são tomadas em casa. 

Durante o tratamento, é importante seguir rigorosamente as orientações médicas. Caso o paciente falhe, é necessário reiniciar a terapia, já com algumas modificações no esquema. 

Ao finalizar a poliquimioterapia, o paciente é considerado curado. 

Nos casos avançados, além dos antibióticos, é feito um trabalho de prevenção à incapacidade, que consiste em fisioterapia e orientações para prevenir lesões. 

Mesmo após a cura, as sequelas continuam irreversíveis. Por isso, é fundamental prevenir e iniciar o tratamento o quanto antes. 

Prevenção

A vacina BCG, aplicada gratuitamente pelo Ministério da Saúde nos primeiros dias de vida da criança, ajuda a prevenir parcialmente a hanseníase. Entretanto, o principal meio de prevenir a doença é procurar um médico, caso alguém com quem a pessoa teve contato tenha sido diagnosticado com a doença. 

Mas lembre-se: o período de incubação da doença é longo, o que reforça a necessidade de fazer exames regularmente. Agora que você já sabe o que é hanseníase, compartilhe este conteúdo nas suas redes sociais e ajude a espalhar informações sobre a doença. Leia também: 7 sintomas da esclerose múltipla que você precisa conhecer.

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