Transtorno do espectro autista (TEA): o que é e como identificar?

samelblog
20 de abril de 2021

Você conhece uma pessoa com espectro autista? Provavelmente, sim. A condição é bastante comum, apesar de grande parte dos casos não terem um diagnóstico médico. O autismo é uma síndrome definida por alterações neurológicas presentes no indivíduo desde a infância, geralmente percebida antes dos três anos de idade. 

Caracteriza-se principalmente por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação. O transtorno possui inúmeros outros aspectos, que podem se manifestar em conjunto ou isoladamente.

Quer entender mais sobre o tema? Continue a leitura e veja quais são os principais indícios da presença do TEA. Acompanhe!

O que é o transtorno do espectro autista (TEA)?

Ao contrário do que se pensa, o transtorno do espectro autista (TEA) não é considerado uma doença. Para ser doença, é preciso que a condição seja de caráter mórbido com risco de morte, degradação física e de órgãos internos.

O TEA está classificado como um transtorno de desenvolvimento neurológico. O grau de comprometimento do transtorno pode variar de leve a severo, podendo haver peculiaridades de pessoa para pessoa. 

Os principais sinais do TEA são dificuldade de comunicação e de relacionamento social, que algumas vezes vêm acompanhados de outras características, como:

  • Insônia;
  • Ansiedade;
  • Hiperatividade;
  • E outros sinais nem sempre associados ao transtorno.

Na maioria das vezes, o autista é confundido com uma pessoa muito tímida, o que pode dificultar seu diagnóstico. Esse é um fator que muitas vezes impede que a criança receba um acompanhamento adequado para o seu desenvolvimento. 

Causas do autismo

A ciência não tem uma resposta taxativa para a origem do autismo. A teoria mais aceita é que ela provém de fatores genéticos, biológicos e ambientais. 

É possível que seja hereditário. Em muitos casos, os pais são identificados com características autistas quando buscam tratamento para o filho. 

Incidência do autismo

O transtorno já foi considerado raro, atingindo uma pessoa em cada 2 mil. Hoje, com estudos mais aprofundados sobre a condição, estima-se que uma em cada cem crianças apresenta algum grau do espectro, com prevalência em meninos. 

Leia também:

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Prevenção ao suicídio: 4 formas de amenizar e combater as ideias suicidas

Tipos de autismo

Dentro do espectro autista existem algumas classificações que variam de acordo com as características da pessoa. Veja:

Autismo clássico

De um modo geral, são pessoas que não estabelecem contato visual com as pessoas nem com o ambiente ao seu redor. Eventualmente, até conseguem falar, mas quase nunca verbalizam. Têm dificuldade em compreender metáforas e duplo sentido, assimilando apenas o sentido literal das frases.

Em grau mais severo, não estabelecem qualquer contato interpessoal, são isolados e não aprendem a falar, não retribuem sorrisos, não olham nos olhos e fazem movimentos repetitivos.

Asperger 

Em geral, apresentam as mesmas características dos outros autistas, mas em grau mais leve. Geralmente se comunicam melhor e desenvolvem habilidades pontuais acima da média. 

Frequentemente se destacam nas atividades às quais dedicam. As pessoas deste grupo do espectro conseguem levar a vida próxima do normal, porém também precisam de acompanhamento profissional.  

Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação (DGD-SOE)

São pessoas que possuem características dentro do espectro autista. Porém, esses sinais não são suficientes para se encaixar nas outras classificações específicas do transtorno. Esse fator também torna o diagnóstico do TEA mais difícil. 

Indícios do TEA nos primeiros meses de vida

É importante saber que os sinais que trouxemos a seguir são apenas indícios do que pode ser o transtorno do espectro autista, não um diagnóstico. 

Para que a criança seja definida como TEA, é necessário que um profissional qualificado faça o acompanhamento.

Veja alguns sinais importantes na primeira infância:

  • Nos seis primeiros meses de vida: poucas expressões faciais, baixo contato ocular, ausência de sorriso social e pouco engajamento sociocomunicativo;
  • Aos nove meses: não balbucia, não olha quando chamado, não olha pra onde o adulto aponta, pouca ou nenhuma imitação;
  • Aos 12 meses: ausência de balbucios, não apresenta gestos convencionais como dar tchau, não fala mamãe ou papai, ausência de atenção compartilhada.

Nos primeiros anos de vida:

  • Não estabelecem contato visual com as pessoas (mesmo as da família);
  • Têm dificuldade de interagir socialmente, como brincar com os coleguinhas;
  • Não atendem quando chamadas pelo nome;
  • Separam objetos por cor e tamanho, mantendo comportamentos repetitivos e sem finalidade aparente;
  • Ficam bastante tempo fazendo o mesmo movimento, sozinhas ou com objetos;
  • Em vez de pedir, levam as pessoas pela mão até o lugar onde querem que algo seja feito;
  • Não acompanham acontecimentos à sua volta.

Como os pais devem lidar com o autismo?

É fundamental que os pais busquem acompanhamento psicológico o quanto antes, tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento do filho. 

No ambiente familiar, os pais e familiares devem aprender sobre o espectro autista e respeitarem os gostos e preferências da pessoa. Assim, é possível descobrir boas maneiras para lidar com suas peculiaridades.

Independentemente do comportamento do filho, especialistas defendem a importância da socialização, do estímulo à comunicação e a prática de atividades que proporcionem o desenvolvimento da criança. 

Vale ressaltar que não existe um tratamento padrão para pessoas autistas, afinal cada uma possui características próprias. Isso exige um acompanhamento personalizado, principalmente no ambiente escolar.  

Este artigo tirou suas dúvidas? Esperamos que sim. Se você tem um filho com transtorno do espectro autista, procure na sua cidade institutos voltados para esse público. Leia também: Câncer infantojuvenil: veja os mais comuns e os sinais que podem ajudar a identificá-los.

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