O novo coronavírus, assim como outros tipos de vírus, está em constante transformação. A ciência já identificou algumas variantes em todo o mundo, e a mais recente, que vem deixando a comunidade médica preocupada, é a variante indiana, de nome técnico B.1.617.
Atualmente, ela está em pelo menos 66 países, incluindo o Brasil. Isso deixa o Ministério da Saúde em alerta, já que existem evidências de que ela seja mais transmissível e, talvez, mais agressiva.
Mas, afinal, quais riscos a nova variante do coronavírus representa? Existe risco de uma terceira onda causada por ela?
A Samel preparou uma lista com 7 questões respondidas sobre a nova cepa. Acompanhe!
Antes de entrarmos em detalhes, é importante reforçarmos que “variante indiana” não é o termo mais adequado. Ela está sendo popularmente chamada assim em referência ao seu local de descoberta.
Mas os médicos preferem chamar pelo nome técnico – B.1.617, para evitar qualquer conotação xenofóbica ou preconceituosa.
Trata-se de uma versão evolutiva do Sars-Cov-2 (novo coronavírus). Isso quer dizer que o vírus se modificou e agora possui características que o tornam um pouco diferente do original, identificado pela primeira vez em Wuhan, na China.
Por causa dessa modificação, entende-se que ele pode impactar a forma como infecta uma pessoa. Atualmente, ele vem se tornando a cepa dominante, ou seja, com capacidade para prevalecer entre as outras variantes do Sars-Cov-2.
Até o momento, ela já foi identificada em mais de 66 países, incluindo o Brasil. Por ser uma cepa que vem se espalhando muito rapidamente, presume-se que sim.
Dados de vigilância genômica da Índia, Inglaterra e Canadá sugerem alta transmissibilidade da variante e indicam que ela possui uma vantagem adaptativa.
Apesar disso, ainda não existem evidências sobre o impacto dela na evolução da doença para casos mais graves ou na taxa de letalidade.
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Na prática, todas as variantes do coronavírus provocam os mesmos sintomas e reações já conhecidas. O que preocupa, no caso da cepa indiana, é justamente o fato dela ser possivelmente mais transmissível.
Com as versões já conhecidas do coronavírus, é necessário ter contato com uma quantidade considerável de vírus para que uma pessoa adoeça. Com a cepa B.1.617, a carga viral necessária para uma infecção pode ser menor.
Nesse sentido, pode haver um aumento do número de casos da doença.
Recentemente, um homem de 56 morreu em Manaus com o chamado “fungo preto”, o mesmo que já acometeu mais de 9 mil pacientes com covid-19 na Índia. Por esse motivo, é possível que haja relação de fatores entre as doenças.
Mas é importante ressaltar que estudos ainda estão sendo feitos para determinar o que de fato causou o “fungo preto” nos pacientes.
Até o momento, não. O mesmo tipo de tratamento vem sendo aplicado nos pacientes infectados pela nova cepa. A oxigenação suplementar e o uso de alguns medicamentos anti-inflamatórios possuem uma média de eficácia semelhante em todos os casos.
Em Manaus, um estudo conduzido pelo Grupo Samel em parceria com a Applied Biology, que utiliza o medicamento Proxalutamida no tratamento de pacientes com covid-19, mostrou resultados bastante positivos.
Um estudo do sistema de saúde público da Inglaterra (Public health England) mostrou que os imunizantes Cominarty (Pfizer/BioNTech) e AZD1222 (AstraZeneca/Universidade de Oxford) são efetivos contra a covid-19 provocada por essa variante.
Segundo o Instituto Butantan, estudos ainda estão sendo feitos para medir a eficácia da vacina CoronaVac contra a variante originada na Índia.
Pelo menos 8 estados registraram aumentos das internações por síndrome respiratória aguda grave nas últimas semanas. Isso aponta uma tendência de aumento e talvez o risco de uma terceira onda.
No entanto, é importante lembrar que a cepa indiana chegou há pouco tempo no Brasil e não é possível afirmar qual o seu impacto na pandemia no país.
É importante que a população brasileira continue tomando todos os cuidados para evitar a infecção pelo Sars-Cov-2. Afinal, todas as variantes do coronavírus são potencialmente danosas. Siga as dicas:
Somente com esses cuidados juntos é possível prevenir a covid-19.
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