O cálculo renal, conhecido popularmente como pedra nos rins, é uma doença muito comum na população de todo o mundo, principalmente nos países de clima quente, como o Brasil. Embora as dores sentidas por quem sofre de cálculo renal fiquem limitadas a uma sensação desagradável de pressão na região lombar que pode se espalhar para as partes inferiores do abdômen, a crise de cólica renal pode ser uma das piores dores que o paciente já sentiu na vida.
Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) apontam que o cálculo renal já atinge 12% da população brasileira e que nos últimos anos o número de pessoas com a enfermidade tem aumentado, principalmente no verão, por conta das altas temperaturas e da baixa hidratação. Neste post, o médico urologista do Hospital Samel, doutor Pedro Cintra, explica o que é cálculo renal, bem como os sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção. Confira abaixo:
O que são cálculos renais?
Quando alguns elementos químicos da urina se juntam e formam cristais, uma massa dura acaba surgindo originando o cálculo renal ou pedra no rim. Grande parte das pedras começa a se formar nos rins e algumas podem se deslocar para outras partes da extensão urinária, incluindo o ureter ou a bexiga.
De acordo com o urologista Pedro Cintra, “as pedras variam de tamanho, sendo que as maiores podem bloquear o fluxo da urina ou causar uma irritação na parede interior da extensão urinária”. Isso é decorrente dos maus hábitos alimentares, com excesso de sal e gordura animal, além da ausência da prática de atividades físicas e pouca ingestão de água durante o dia.
Sintomas
Geralmente, o indivíduo com cálculo renal apresenta, segundo o urologista do Hospital Samel, vontade frequente de urinar, dores ao urinar, infecção, presença de sangue na urina, febre ou náusea e dor entre as costelas e a região dos quadris.
Diagnóstico
Em alguns casos, o cálculo renal pode ser assintomático, ou seja, não apresenta nenhum sintoma, sendo detectado somente em exames ocasionais, mas, na maioria das vezes, há manifestação de dor e cólica, sendo esse o sintoma mais evidente. Na fase aguda, a investigação clínica inclui, além do exame comum de urina, uma radiografia simples do abdômen e uma ecografia abdominal.
Como tratar?
O tratamento depende muito do tamanho do cálculo renal, bem como da sua composição, ou seja, o tipo de mineral que o constitui, e das possíveis complicações. “De imediato, a dor tem que ser tratada com analgésicos e anti-inflamatórios. Caso a dor não amenize com medicações, uma internação hospitalar pode ser necessária para aplicação de medicação mais potente”, ressalta o urologista.
Quando as pedras são pequenas e não manifestam muitos sintomas, não é necessário procedimento cirúrgico. o médico poderá indicar medidas que auxiliam na recuperação, como a ingestão de água (dois a três litros ao dia), que ajuda a eliminar as pedras pela urina, e analgésicos que amenizem o incômodo.
Quando as pedras são grandes e causam sintomas mais fortes ao paciente, não podem ser expelidas sozinhas, pois podem causar sangramentos, danos mais graves aos rins e infecções no trato urinário. Nesses casos, procedimentos mais invasivos podem ser indicados, como cirurgia.
Prevenção
A mudança no estilo de vida e alimentação saudável é primordial para a prevenção do cálculo renal. Beber água em abundância e adequação de uma dieta balanceada com moderação do sal nos alimentos são os mais indicados.