A Cápsula Vanessa, dispositivo reconhecido pelo Ministério da Saúde, vem sendo usado desde março no combate à Covid-19. O método é um projeto desenvolvido pelo Grupo Samel em parceria com o Instituto Transire. Simples, prático e eficaz, a cápsula ajuda a diminuir o risco de transmissão do vírus.
Mas você sabe como o dispositivo funciona? Nós vamos responder essa e outras perguntas sobre o equipamento neste artigo. Confira!
A estrutura é montada com materiais de baixo custo, como canos de PVC e revestimento de plástico transparente. Em forma de cabine, colocada sobre o paciente infectado, ela tem duas funções principais:
O nome da cápsula foi dada em homenagem à administradora Vanessa Xavier, de 33 anos, que contraiu o coronavírus e foi internada no mês de março. Por ser asmática, consequentemente do grupo de risco, a paciente teve que ir diretamente para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde precisou ser entubada.
À época, a intubação orotraqueal precoce era recomendada pela OMS e, até então, não havia uma opção menos invasiva.
Isso fez com que o fisioterapeuta da Samel Manoel Amorim tivesse a ideia de construir a cápsula. O método permite o uso de ventilação não-invasiva nos pacientes com Covid-19, ao mesmo tempo protege a equipe médica do contato com o vírus – como você verá em detalhes mais adiante.
Em Manaus, quando a pandemia começou a vitimar um grande número de pessoas, a Cápsula Vanessa foi usado como método alternativo em hospitais da Samel. Na ocasião, 500 pacientes foram acompanhados, e o número de altas médicas foi surpreendente.
Com o uso do equipamento, os médicos notaram a redução no tempo de tratamento dos pacientes, que caiu de 20 dias para 5.
Isso ajudou a minimizar os efeitos da pandemia nos locais onde a cápsula foi usada. Já que com o uso do dispositivo, os pacientes recebiam alta mais rapidamente, liberando, assim, os leitos para que outros pudessem ser internados.
Uma comprovação de que o dispositivo é realmente eficaz.
A partir daí, o presidente da Samel, Luis Alberto Nicolau, divulgou e disponibilizou o passo a passo do método para que outras instituições pudessem usá-lo no combate à pandemia. Tudo de forma gratuita.
Uma das primeiras unidades a usar o equipamento em Manaus foi o Hospital de Campanha Gilberto Novaes, administrado pelo grupo Samel, sob o comando do diretor Ricardo Nicolau. Mais uma vez, a cápsula surpreendeu com excelentes resultados, se provando ser um método de rápida recuperação e possibilitando a alta mais rápida de pacientes.
Somados os números de altas aos do hospital de campanha de Manaus, que utilizou o equipamento, já são mais de 1500 altas médicas.
A intubação orotraqueal precoce, método utilizado nas UTIs, e que envolve sedação, era tido como eficaz no tratamento dos pacientes. Porém, ele é extremamente invasivo, podendo causar infecções nos pacientes, além de outros problemas, como:
Já com o uso da Cápsula Vanessa, o risco de transmissão diminui consideravelmente as chances de contaminação, uma vez que as barreiras de proteção da cabine impedem que as partículas do Sars-Cov-2 se propaguem pelo ar.
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A intubação orotraqueal precoce, a que é feita na UTI quando o paciente chega ao hospital com falta de ar, traz alguns efeitos colaterais. Os mais comuns são a demora na recuperação e possíveis infecções.
A Cápsula Vanessa, que recentemente ganhou reconhecimento da OMS e do Ministério da Saúde, pode reduzir a necessidade da intubação. Ela garante que o paciente fique menos tempo no hospital e sofra menos risco de complicações e morte.
Por ser um método não invasivo, a técnica não representa maiores incômodos aos pacientes, como dores e desconfortos no trato respiratório.
O uso deste método no tratamento de pacientes com Covid-19 proporciona outras vantagens em relação à intubação, como:
De forma alguma. Mesmo que o equipamento seja eficaz na proteção das equipes de saúde, ela não deve substituir os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Ele funciona como uma equipamento de segurança complementar nesse caso.
A Cápsula Vanessa é recomendada para pacientes que apresentem, dentre outros sintomas, dificuldade de respiração. O dispositivo, quando usado de forma precoce, auxilia no combate à Covid-19, evitando que o paciente necessite de intervenções mais invasivas.
Assim, é possível reduzir o número de pacientes que precisam ser encaminhados para as Unidades de Terapia Intensiva (UTI), que já sofrem por falta de equipamentos.
Com a divulgação da Cápsula Vanessa na imprensa, o método ganhou reconhecimento no Brasil e em outras partes do mundo. Estados como Bahia, Maranhão e São Paulo já fazem uso da cápsula.
Recentemente, os governos da Bolívia, Chile e de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, se interessaram pela implementação do equipamento. O próprio diretor presidente da Samel, Luis Alberto Nicolau, se dispôs a treinar profissionais de saúde para a montagem e manuseio da cápsula gratuitamente.
No Amazonas, o dispositivo está sendo usado em mais de 40 municípios.
Com o sucesso comprovado pela equipe médica e com o reconhecimento da eficácia da Cápsula Vanessa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os próximos passos são expandir o atendimento com o dispositivo para regiões onde a curva de contágio ainda não regrediu.
A tecnologia de baixo custo, mas muito eficaz, é fundamental para ajudar a frear o avanço da pandemia.
É importante lembrar que a Cápsula Vanessa só deve ser manuseada por profissionais de saúde que receberam o treinamento pela Samel. A tecnologia intelectual e o auxílio no treinamento de equipes são oferecidas de forma gratuita pela Samel e Instituto Transire.
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