O Brasil é um dos países que mais consome bebida alcoólica na América Latina. E em época de carnaval, o índice do consumo de álcool pode ser maior que o normal. Afinal, o carnaval para os brasileiros tem um significado único de muita alegria e curtição. Nessa hora, é bom ter mais atenção para não deixar de lado sua saúde.
O consumo exagerado do álcool pode acarretar diversos problemas para o organismo. E, foi pensando nisso, que a Samel elaborou um artigo para você entender os efeitos que as bebidas alcoólicas podem causar no corpo. Confira.
Você está animado para se jogar neste carnaval e já até sabe onde fazer o “esquenta”? Vamos com calma! Desde os primeiros goles da bebida, o álcool é ingerido e vai direto para o estômago que o absorve e começa a viajar pela corrente sanguínea. E aí que começam seus efeitos.
Já nos primeiros dez minutos de consumo, o corpo vê o álcool se transformar em acetaldeído, considerado uma substância “tóxica” para o corpo. O organismo tenta se livrar do componente o mais rápido possível, destruindo a molécula do álcool através de substâncias presentes no fígado.
Em grandes quantidades, o fígado não consegue destruir essas moléculas, deixando a substância tóxica no corpo por muito mais tempo. Suas consequências são pressão alta, fadiga, náuseas, irritação no estômago e dor de cabeça.
Reconhece esses sintomas? Sim, é a ressaca! Mas antes de falar sobre ela, observe o efeito do álcool em minutos no corpo e suas consequências para os órgãos.
10 minutos: álcool é identificado como uma presença tóxica e o fígado começa o trabalho para destruí-la.
20 minutos: início da sensação de euforia. É aqui que você começa a se sentir solto e com mais coragem. Tais sensações passam muito rápido. Por isso, a necessidade de consumir mais e mais bebida para manter ativa a animação.
30-40 minutos: se bebendo continuamente, você já entra no estado de “embriaguez”. Você não tem mais noção do seu senso crítico. Suas emoções começam a variar, a ansiedade é ativada e uma sensação de depressão pode tomar conta da sua cabeça.
45-90 minutos: o álcool no corpo atinge seu ápice e a ação diurética é ativada. Seu organismo não entende a presença de tanto líquido no corpo e ativa a diurese. Você começa a passar por um período de desidratação, fator que causa sonolência.
12-24 horas após o consumo: chegou a famosa ressaca. Tontura, dor de cabeça, náuseas, sede e tremores são alguns dos sintomas dessa condição e efeitos da intoxicação. Esses sinais também representam a síndrome da abstinência, em que seu corpo pede mais bebida.
Cérebro. O álcool afeta o sistema nervoso central e causa perda de memória, diminuição dos reflexos e sonolência.
Coração. A liberação da adrenalina provoca a aceleração dos batimentos e da atividade sanguínea no órgão.
Fígado. Tem a produção de enzimas alteradas, o que reflete no seu metabolismo. O consumo exagerado pode causar inflamação crônica, hepatite alcoólica e cirrose.
Estômago. O álcool irrita as mucosas do estômago e esôfago, causando gastrite, esofagite e diarreia.
Rins. O efeito diurético sobrecarrega os rins e compromete o processo de filtragem de substâncias.
Uma das misturas mais consumidas pelos jovens para ter mais energia durante a folia é a bebida alcoólica com energético. Mas essa combinação está longe de ser uma boa ideia!
De acordo com a Universidade de Victoria, no Canadá, a cafeína e a taurina presentes no energético “disfarçam” o efeito do álcool e deixam a pessoa propensa a beber mais, o que aumenta o risco de intoxicação e morte, causadas pelo excesso de bebida.
Além disso, o energético no corpo oferece riscos para o coração. A cafeína estimula o sistema nervoso simpático (SNS) a liberar hormônios estimulantes, como a adrenalina. O resultado no organismo é do aumento da frequência cardíaca e o estreitamento dos vasos sanguíneos que provocam arritmia e fazem a pressão subir. Essa aceleração pode ser fatal, principalmente para pessoas com mais de 40 anos.
Ainda, segundo especialistas, a combinação acaba colocando as pessoas que ingerem bebidas alcoólicas em risco de vida de formas que vão além dos problemas no corpo. A euforia da mistura do energético e álcool pode acarretar em coragem para dirigir embriagado, iniciar brigas, usar outras drogas e fazer sexo sem proteção. Por isso, é melhor evitar!
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), não existe um volume seguro para o consumo de álcool. Uma vez que ele pode trazer danos diretos e indiretos para a saúde. Além dos problemas no organismo, o álcool ainda pode causar desentendimentos familiares, incitar a violência e causar acidentes de trânsitos.
Mas, como saber se “passei do ponto”? Apesar de cada corpo ter uma reação diferente, para o Ministério da Saúde, o consumo abusivo de álcool pode ser considerado a partir da ingestão de quatro ou mais doses, entre as mulheres, e cinco ou mais doses entre os homens em uma mesma ocasião nos últimos 30 dias. Independente do tipo de bebida.
Se o consumo de álcool ultrapassa a vontade e vira uma necessidade, estamos falando de alcoolismo. Considerado doença pela OMS, o alcoolismo se diferencia do consumo abusivo de álcool pela vontade incontrolável de beber, perda de controle e dependência física.
Também conhecido como “síndrome da dependência do álcool”, a doença se desenvolve após o uso repetido da bebida, ligada aos sintomas de compulsão, como a dificuldade de controlar o consumo, sintomas de abstinência física e tolerância (necessidade de doses maiores para atingir o efeito da substância).
Para o tratamento adequado da doença, é preciso que a pessoa reconheça a necessidade de ajuda. Na hora de informar ao médico, é preciso ser honesto sobre o problema e relatar detalhadamente sintomas e a frequência de consumo. Se ele concluir que de fato é alcoolismo, o paciente será encaminhado para um especialista responsável para iniciar o tratamento com ajuda psicológica e medicamentos.
O álcool pode ser um grande problema quando combinado com situações que oferecem risco na saúde, como na gravidez, com medicamentos e antes de dirigir. É preciso prestar atenção para não colocar a sua saúde e de outras pessoas em risco. Veja o porquê.
A ingestão de álcool na gravidez pode provocar a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF), condição que afeta mais de 100 mil bebês por ano. Ao optar por beber durante a gestação, a criança corre o risco de nascer com algum tipo de deficiência, seja física, mental, cognitiva ou comportamental. Como não há dose ou período certo para evitar o álcool na gravidez, o ideal é manter a abstinência durante toda a gestação.
Você pode ter escutado que o álcool corta o efeito do antibiótico, certo? Mas você sabia que outros medicamentos também podem trazer consequências para o corpo?
Álcool com paracetamol, por exemplo, aumenta o risco de hepatite medicamentosa. Enquanto a bebida combinada com ácido acetilsalicílico, pode provocar sangramentos no estômago, uma vez que a interação irrita as mucosas estomacais.
Com os antibióticos, os resultados podem ir além. Ao mesmo tempo que o álcool é capaz de inibir o efeito e prejudicar o tratamento, a interação da bebida alcoólica com antibióticos pode levar a vômitos, palpitação, cefaleia, hipotensão (pressão baixa), dificuldade respiratória e até a morte. Se você estiver tomando medicamentos nesse carnaval, é melhor dar um tempo da bebida e deixar a música contagiar sua celebração!
Se tem uma combinação que não dá certo é a de álcool com a direção. Em geral, as pessoas acreditam que sabem seu limite para beber e se arriscam na direção. Ainda assim, estudos científicos não chegaram a uma conclusão sobre o limite da bebida no organismo para ser permitido dirigir.
Ao beber, você está comprometendo sua atenção, visão, senso de direção e a ação, uma vez que os movimentos ficam mais lentos e a pessoa tem mais dificuldade de raciocinar em situações de perigo.
Pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), dirigir sob a influência de álcool é uma infração gravíssima, com pena de multa de R$2.934,70, suspensão do direito de dirigir por um ano, recolhimento da CNH e retenção do veículo. Por isso, opte por transporte público, táxi ou carros particulares de aplicativo para voltar para casa em segurança.
Se você quer curtir seu carnaval e estar pronto para outra no dia seguinte, temos dicas especiais para evitar (e curar) a ressaca.
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