Ansiedade na infância: como identificar os sintomas? Descubra

samelblog
27 de setembro de 2022

O transtorno de ansiedade é comum em jovens, mas você sabia que também pode afetar crianças? Quem convive ou já conviveu no dia a dia com uma pessoa ansiosa sabe como as crises podem ser fortes e agoniantes. Ansiedade na infância é um problema sério. Afeta o cérebro ainda em formação e sem a maturidade necessária para entender seus sintomas. 

A ansiedade vem de um quadro psiquiátrico comum entre crianças e adolescentes. A faixa etária que possui algum transtorno do gênero está entre 10% a 15%. As meninas, no entanto, costumam ser o público em que a frequência desse quadro é maior.

O que é a ansiedade?

Existe, sim, um grau de ansiedade que é considerado normal e até mesmo saudável. Como parte da vida de todas as pessoas, é uma reação da parte emocional do cérebro, despertada em determinados contextos. Entre crianças, por exemplo, é comum o sentimento antes de uma viagem, festa de aniversário, peça da escola, natal, etc. 

É a ansiedade que faz com que as pessoas ajam diante de um perigo iminente. No entanto, quando ocorre de uma maneira desproporcional em relação ao que se vive, começando a interferir negativamente no  dia a dia, a linha do “normal” começa a ser ultrapassada. 

Quando a ansiedade causa sofrimento e é persistente, é considerada patológica. Quando ocorre em uma criança, geralmente ela se afasta ou tenta evitar a causa da ansiedade persistentemente.

Saiba mais:

Saúde infantil: por que os bons hábitos devem começar na infância?

Quais são os sintomas?

Os sintomas da ansiedade infantil podem surgir em frequências variadas, com períodos alternados de maior ou menor ansiedade. É necessário ficar atento ao grau de prejuízo funcional que estão causando na criança, isto é, no conjunto completo dos indícios para a ansiedade. 

Alguns sintomas para se atentar no dia a dia são, por exemplo:

  • Alterações no apetite;
  • Dificuldades no sono;
  • Queda no rendimento escolar;
  • Desmotivação;
  • Medos e preocupações excessivas;
  • Dores de cabeça;
  • Tonturas;
  • Retraimento social;
  • Oscilação de humor;
  • Irritabilidade ou apatia.

E nas crianças pequenas?

Por terem mais dificuldade de exprimir o que estão sentindo, já que elas próprias não entendem bem o que estão sentindo, crianças pequenas podem manifestar sintomas diferentes das que já têm mais idade. 

Nesse caso, é importante observar:

  • Desmotivação;
  • Apresentar mais irritação e choro que o normal;
  • Tem dificuldade para dormir;
  • Acordar mais vezes que o normal durante a noite;
  • Voltar a chupar o dedo ou urinar nas calças;
  • Ter pesadelos frequentes.

Classificações da ansiedade infantil

  • Transtorno de Ansiedade Generalizada;
  • Transtorno de Ansiedade de Separação (mais comum em crianças pequenas);
  • Fobias Específicas;
  • Fobias Sociais;
  • Transtorno de Pânico (mais comum em adolescentes);
  • Transtorno de Estresse Pós-traumático.

A ansiedade não é um problema que pode ser ignorado. Pode evoluir para uma depressão breve, passageira ou até mesmo em episódios graves. Sendo um mal de risco aumentado para o desenvolvimento de outros transtornos comportamentais para a vida adulta, é importante que o tratamento seja feito no tempo e da maneira correta. 

Tratamento

Ao notar os sintomas e mudanças de comportamento, sendo grande ou pequena, o mais recomendável é investir em um tratamento psicológico para a criança. Com um profissional especializado, tratar a ansiedade infantil pode começar a ficar mais simples, pois ele ajudará a entender as causas e maneiras de lidar com o problema. 

Mas existem formas de se comportar diante desse tipo de situação como responsável pela criança. Por exemplo:

Não tente evitar os medos da criança

Ao invés de evitar que a criança atravesse a rua por medo, por exemplo, enfrente-o mostrando apoio para ela. Mostre que está lá e que não há motivo para temer.

Valorize os sentimentos da criança

Se o brinquedo favorito dela quebrar, por exemplo, é importante não tratar essa situação como algo pequeno. Para a criança, aquele é o mundo dela e aqueles são seus problemas. Demonstre sempre muito apoio e procure entender seus sentimentos sem invalidá-los. 

Pratique atividades relaxantes

Existem formas de relaxar durante ou no princípio de uma crise de ansiedade. Uma boa técnica de relaxamento, por exemplo, é clássica: 

respirar fundo junto com a criança, inspirando durante 3 segundo e expirando por outros 3. Contar número de itens de determinada cor no ambiente também é uma boa saída, tanto quanto ouvir música ou praticar alguma atividade artística. 

Por fim…

Buscar tratamento psicológico é importante em qualquer idade. Mas em crianças, é importante ficar atento aos sinais para que o problema não cresça futuramente. 

Ansiedade infantil é um mal que assola muitos pequenos de variadas idades, por problemas também diversos. Como adultos, nosso dever é prestar apoio e ajudar da melhor forma possível.

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