Depressão em idosos: insônia pode ser um sintoma da doença

samelblog
23 de setembro de 2022

Uma estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que cerca de 300 milhões de pessoas no mundo todo têm depressão. Parte da população afetada é composta por pessoas com mais de 60 anos. A depressão em idosos, embora seja pouco conhecida, existe e muitas vezes permanece sem diagnóstico.

Alguns sintomas, como a insônia, por exemplo, costumam ser confundidos com situações normais da idade. Mas a verdade é que esse sinal pode estar associado a um quadro depressivo. 

Neste artigo, a Samel Planos de Saúde vai mostrar outros sintomas que podem indicar a presença da doença. Continue a leitura e saiba mais!

Depressão: uma doença silenciosa e trágica

De acordo com dados do Boletim Epidemiológico sobre suicídio, do Ministério da Saúde, cerca de 11 mil pessoas tiram a prória vida todos os anos, e a população idosa representa grande parte desse número. 

O relatório do ano de 2019 aponta que a faixa etária acima dos 60 anos teve as maiores taxas de suicídio nas regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste do país e entre os fatores de risco de maior propensão está justamente a depressão. 

Portanto, é fundamental que a depressão em idosos seja discutida, visto que muitas vezes os sintomas são confundidos com sinais da idade. 

Idosos também desenvolvem a doença

Especialistas apontam que a depressão normalmente é desencadeada, nessa faixa etária, por diversos fatores, sobre os quais nem sempre o idoso tem controle. Esses fatores estão divididos em dois grupos principais: os biológicos e os socioambientais.

Os biológicos, geralmente, ocorrem pelo processo natural de envelhecimento, como a redução de neurotransmissores que podem desencadear doenças ou sintomas incapacitantes na pessoa. 

É nessa fase da vida que geralmente surgem diversos problemas de saúde, tais como dores nas articulações, diabetes, perda de visão, entre outros. 

Já se tratando de fatores socioambientais que podem desencadear a depressão nos idosos estão:  

  • Dependência para se locomover;
  • Sentimento de luto por perdas na família ou de amigos;
  • Aposentadoria (normalmente, com a perda significativa de renda);
  • Sentimento de solidão, quando os filhos ganham independência e saem de casa;
  • Estresses decorrentes de diversos fatores;
  • Entre outros.

 

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Sintomas da depressão em idosos

Antes de apontarmos os principais sinais de depressão nos idosos, é preciso refletir sobre uma questão importante: embora o avanço da idade traga significativas mudanças na vida de um idoso, nem sempre o “novo” estilo de vida é considerado normal.

Muitas vezes, a depressão está disfarçada num episódio de choro, de retração, de irritação, na insônia e em diversos outros aspectos. Portanto, é preciso ter sempre um olhar atento e observador na maneira com que o idoso se relaciona com o mundo à sua volta.

É preciso entender que a depressão, nos idosos, se manifesta de forma diferente dos jovens. Por isso, é importante ficar atento a alguns sinais, tais como:

  • Perda de apetite;
  • Irregularidades do sono (insônia);
  • Desânimo para realizar atividades antes vistas como prazerosas;
  • Mudanças emocionais não comuns, como tristeza;
  • Alterações cognitivas fortes (que podem estar associadas a outras doenças);
  • Perda de memória;
  • Falta de concentração;
  • Dificuldade de raciocínio.

Além dos sintomas acima, a depressão pode estar manifestada no sentimento de incapacidade, seja de realizar uma tarefa, seja de pensar na solução de um problema, por exemplo; pode ser representada, inclusive, pelo sentimento de culpa por razões que não sabem identificar. 

A família também precisa ficar atenta a pequenas expressões, como “não sirvo mais para isso”, “a vida não vale mais a pena”, “a vida está tão difícil” e outras manifestações de insatisfação com a vida. 

Maneiras de prevenir um quadro depressivo

Em muitos casos, a depressão pode ser prevenida. Na população idosa, é importante que a família esteja sempre presente e incentivando atividades que de lazer ou que tragam um sentimento de satisfação. 

Especialistas recomendam que o idoso permaneça ativo, fisicamente e mentalmente, com atividades de lazer, interação com outras pessoas, participação em centros de referência, entre outros. 

Vale ressaltar que essas atividades precisam ser incorporadas à rotina da pessoa idosa mesmo quando ela não apresenta sinais de depressão. Assim, é possível adotar um estilo de vida com mais qualidade, diminuindo as chances de um quadro depressivo. 

Como diagnosticar e tratar

Como dissemos antes, é preciso ficar atento quando o idoso apresenta sinais de tristeza ou insatisfação com a vida. Nesse caso, o indicado é buscar ajuda com um psicólogo, de preferência com um profissional experiente no atendimento ao idoso. 

O diagnóstico precoce é indispensável para um tratamento eficaz. 

Conclusão 

É preciso desmistificar a ideia de que com o avanço da idade é natural vivenciar uma mudança brusca no comportamento. Como você viu até aqui, a depressão em idosos existe, mas muitas vezes é confundida com sintomas naturais da idade, o que dificulta a identificação da doença em sua fase precoce. 

Portanto, se você tem familiares com mais de 60 anos, é importante discutir com os outros membros da família ações que possam contribuir com a manutenção da qualidade de vida dos idosos. 

Gostou deste conteúdo? Fique atento aos sintomas da depressão em idosos e faça a sua parte na prevenção. Leia mais conteúdos como este no nosso blog clicando aqui. Até a próxima!

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